Bolha

Porque a minha história não podia ficar sem pontuação...

quarta-feira, julho 26, 2006

Abriu a caça ao pato

A caça ao pato e a qualquer outra ave rara, ou não tão rara quanto isso, que tenha o desplante de colocar o pezinho fora do passeio! As passadeiras não oferecem garantias e as rotundas já não estão por estrear!
Quando as manas taralhoca e taralhoca júnior iniciam a época de treinos intensivos para o rali da Beira Baixa, CB-Fundão via A23, é melhor que todos os transeuntes recolham as suas extremidades e, se possivel, evacuem as redondezas.
Ao nível da condutora, só mesmo a co-pilota (euzinha), o duo dinamicamente perigoso do burgo. Às vezes quase que consigo ouvir a peonada aflita e os motoristas impacientes gritar: " Mas porque é que o raio das garotas não ficaram em casa?!?! Raios as fundiça!!!!"
O que é que podemos fazer? Alguém tem de gastar o depósito que o paizinho encheu...
Entre solavancos qb, arrancadas ao relantim, rotundas muito escrupulosas, 4ªs em vez de 2ªs e idas ao mac para desanuviar, a taralhoca júnior está quase pronta para dizer adeus à automotora das 6:30 da matina. Confesso que até já enjoo menos depois de 2 dias de rigoroso plano de preparação no pópó novo.Uma evolução meteórica.
Hoje lá vamos nós outra vez, munidas de muito pouco senso comum e prática zero. É bom que a "caça" se ponha ao fresco!

segunda-feira, julho 24, 2006

Eheheheheheh!!

Será que finalmente alguém percebeu que cinema é isso... diversão!!!!

sexta-feira, julho 21, 2006

Tony!!! Tony!!!

Afinal não me limitei a fazer por ganhar o bilhete, fui coagida a juntar-me aos devotos.
Portanto, a mãe quer, eu mando os mails, a mana ganha... e eu também vou a concerto do Tony Carreira. Exigi um churro de chocolate para mitigar tanta dor, agonia e sofrimento. Afinal não doeu por aí além, já dei por mim mais agoniada, e sofrer, sofrer, a bem dizer não sofri. Mas fiquei caladinha não ficasse a ver o churro passar. A minha mãezinha tinha de acreditar que tinha de me compensar pelo sacrifício.
Nove e meia da noite e já pisávamos a relva do estádio municipal. Nove e trinta cinco já assentávamos o pandeiro na dita cuja. Sim, porque o Tony é uma vedeta e faz-se esperar...
E enquanto esperava apreciava a fauna. Centenas de adolescentes, resmas de senhoras respeitáveis, homens upa, upa (todos com a letra na ponta da língua) e mãos cheias de vamps, vestidas para matar... o bom gosto. Carreras cheias de fãs enlouquecidas tinham vindo das redondezas e o campo era uma babel de sotaques. Nas imediações do estádio muitos procuravam pontos altos. Lá dentro vendiam-se uns pinduricalhos luminosos, copos de "cerbeija" meio entornados e sortido de sandochas.
A fauna empolgava-se e berraria começou. Belas goelas caprinas, que se destacam onde quer que se façam ouvir.
Em vez do Tony saiu-nos uma madame com umas calcinhas tigresse e voz nasalada para fazer as apresentações. Copos e sandes ainda vá lá, mas aquilo já era provincianismo a mais.
Defraudados (sim, porque já que estava ali, não podia deixar de gritar pelo Tony - o CSI começava à meia noite e picos e o homem já estava pior que as noivas) dedicámo-nos aos apupos, que só amainaram quando os primeiros convidados indesejados da noite (um duo) começaram um "Aperta, aperta com ela" que levou a ostes ao rubro. Eu não tinha homem, foi selfservice mesmo(eu gosto de bailaricos). Depois do duo foi a vez do neto mais novo da minha ama cantar um tema que o Tony tinha escrito para ele, mas o look rapper não se coadunava propriamente ao estilo musical... Finalmente tivemos de suportar um discurso entediante da dondoca organizadora e acabámos por descobrir que parte das receitas revertiam a favor do núcleo sportinguista. Avisasses antes e tinha ficado com os outros lá fora a espreitar!! Uma sande nas fuças teria sido a abordagem adequada a tal sevícia!
Quando o desespero já imperava finalmente deram-nos o Tony. Dois dos músicos tinham calças de napa, mas já tinha sido bombardeada com tanto atentado ao mínimo gosto, que estava insensibilizada.
Hora e meia depois demo-nos por satisfeitos. O homem canta bem, tem um discurso articulado e monta um bom espectáculo, embora tenha achado desnecessário gasear-nos todos os 20 minutos e que a fivela do cinto me cegasse a cada 2 por 3. Não conhecia nenhuma das canções, mas bastava ouvir o primeiro refrão e a coisa atinava logo. E como o homem canta basicamente canções de cornos já sabíamos mais ou menos o rumo que a letra ía tomar.
Fogo de artifício para rematar.
Não será o Tony de Matos, mas não me aborreci, comi o meu churro inteirinho e ainda cheguei a casa a tempo do CSI. Não foi uma noite perdida.

Hoje de manhãzinha, ainda a ressacar de tanto "Toni", fumo, encandeamento e encornamento ía chocando com o secretário de estado da educação, que voltou à terrinha e vinha com a pernoca ao léu.

terça-feira, julho 18, 2006

Uma batata, 2 batatas...

Uma pra mim, outra pra ti batatas. São 3 ou 4 ou ainda mais batatas, não verás uma batata só!
Esta é a minha versão livre da linda melodia que o gualter cantava na rua Sésamo e é de todo apropriada ao meu fim-de-semana.
Um fim-de-semana de batatas.
Que importam convites para jantar ou manhãs na cama? Nada, se se for viciada em puré de batata (do caseiro, não nessas purgas que vendem em grandes superfícies). Na vindima posso protestar, na apanha da batata não...
É um servicinho rápido, ou não fosse a família grande, em que aqui e ali damos uma cabeçada no rabo alheio enquanto vamos desenterrando as danadinhas (família demasiado grande). Definitivamente não fui feita para cavar. Tenho pouca convicção no gesto e alcance muito limitado. Com os meus mirrados bíceps era complicado pedir mais. É da forma que não furo toda a futura batata frita que se cruza no caminho da minha enxada.
Tem um pequeno senão este servicinho rápido... implica um despertar às 5 da manhã.
Tem uma pequena vantagem... a merenda.
Às 9 e meia estavamos despachados (merenda incluída) e ainda tivemos tempo para ir regar algumas árvores bébés à pressa, enquanto a nossa sombra continuava a ser maior que nós. Depois disso, aqui na beira, entramos em combustão.
O resto do dia foi passado dentro de casa, na semiobscuridade, com escassa roupa.

sexta-feira, julho 14, 2006

Ai destino...

A mãe quer...
Eu mando os mails...
A mana ganha...

Mãe agradece a ambas as filhas, apodera-se do bilhete e vai sozinha assistir ao concerto do Tony Carreira!
Essa constelação vem às beiras e as beirãs vão até ele. A minha mãe não levará tshirt alusiva, nem berrará "Tony!Tony!", mas vai lá estar no estádio.
Graças às suas ricas filhas: uma (eu) a que envia as respostas do concurso para o jornal de referência regional, a outra a que vê o nome publicado nesse pasquim como uma das felizes contempladas.
As coisas que fazemos por uma mãe, sobretudo se somos sustentados por ela... Sim, porque a minha mãe queria ir, mas à borla (vá se lá a ver, pagar para ouvir esse pimbalhão!!)

PS: Traumatizada com a minha condição de cegueta sem crachá, fui-me enfiar na cabeleireira. Agora sou uma linda cabeça de alfinete, bastante mais arejada. Como diria o meu oftalmologista aquela força policial de segunda perdeu uma linda inspectora :)))))))

quinta-feira, julho 13, 2006

Quem me manda a mim ser míope?

Sim, quem me manda a mim ser cega que nem uma porta??
Além de estar condenada a enfiar diariamente os dedos nos olhos, estou também condenada a jamais entrar para a PJ.
Abriu o concurso e eu achei que tinha visto a luz (o brilho do crachá de inspectora). O que eu não vi foi a porcaria de umas letrinhas que me escarrapacharam a 5 metros de distância e que nem sequer formavam uma palavra.
Eu haveria de conseguir fazer a porcaria das flexões (e dizer adeus aos meus braços trinca-espinhas) e engordar os kilos necessários para preencher o peso mínimo exigido para a minha altura, não fosse ser uma barata tonta sem as lentes de contacto.
Enfim, foi uma ilusão de pouca dura...

quarta-feira, julho 12, 2006

Urtigas o tanas

A outra a alardear quanto às propriedades dessas comichosas e pindéricas ervas daninhas!!
Na banana é que está a salvação da humanidade!
Não sei se terá alguma utilidade como insecticida, mas faz uma pedicura fenomenal!
A casca da banana já faz parte da minha rotina diária... À noitinha lá esfrego eu uma tira da dita cuja nos meus pezinhos maltratados. É suposto fazer milagres, mas como só comecei há dois dias, ainda não sou prova viva do poder da casca da banana - as cerimónias de canonização estão em standby. Mesmo assim tenho um tupware no frigorífico cheio das ditas cascas, preparadas para a consagração. Para toda a cura é preciso ter fé.

PS: Esta minha religião parece-me que não está a ser bem aceite pela comunidade.
Hoje mesmo, caminhava incauta e semi-derretida (40º à sombra) pela rua quando um ateu (deve ser dos tais que prefere a urtiga) me atirou com uma chave. Felizmente os meus reflexos ainda são o que eram.

quinta-feira, julho 06, 2006

Ora bolas 2

Oh infortúnio!!!
Oh dias tão negros!!!
Ontem um desaire desportivo, hoje o meu trabalho no jornal!!
Se acrescentar "triste sina a minha", depressa se depreenderá que a reportagem não era uma ode aos meus feitos! Na verdade, a única referência que me era feita era a seguinte: "o Tribunal não atendeu às razões alegadas defesa". Contudo, quem ler na capa do jornal
certamente não requisitará os meus serviços!
Que importa que o atropelado tenha ficado com uma incapacidade permanente geral de 95% (chéché e numa cadeira de rodas) e que o atropelador se tenha colocado em fuga?
Todos sabem que ninguém lê as letras pequenas de um jornal.

Ora bolas 1

Será que não beijei a bandeira com convicção suficiente?
Será que a minha super-mega-hiper-extra corneta não estava na posição exacta?
Será que o meu soutien amuleto estaria apertado no colchete errado?
Tinha os óculos da sorte, conservei as figas durante o tempo regulamentar, bati três vezes na madeira, coloquei todos os artefactos no seu lugar, estava sentadinha no sofá do costume...
O que será que correu mal?
Vai-se a ver esqueci-me de alguma das minhas superstições corriqueiras e lá foi a selecção pró galheiro-Estugarda!!!!

Espera lá... nem prognósticos, nem sonhos tresloucados... foi isso!!!

PS1: À custa do jogo a Danone fechou mais cedo. Não basta ficarmos sem final, ficamos também sem yogurtes para afogar as mágoas! (ou azedos, depois de uma derrota amarga...)
PS2: Mas que espécie de sádico inventou o jogo do 3º e 4º lugares? Não bastava termos ficado às portas do céu, ainda temos de disputar o jogo do purgatório? As duas equipas em 3º lugar e ala para casa que se faz tarde!
PS3:Porque é que nunca podemos ser nós a rir por último? Isto de ficar "à beirinha" faz mal à vesícula!

terça-feira, julho 04, 2006

Às armas!

Nunca melhor dito, já que aparentemente os franceses andam danadinhos para nos enfiar um petardo pelo r.... acima.
Borradinhos de medo, é o que é!! E é para estar! Afinal nós temos o Scolari, esse extraordinário jogador. Infelizmente é muito sarrafeiro e anda sempre amarelado. Ou será das barbaridades que ouve sairem da boquinha de certos e determinados franceses com ar de presidiário.
O Mundial está a ter efeitos secundários assinaláveis na minha vida.
Além do facto de nos meus sonhos existir hoje um cão a menos com rabo, descobri que sou uma vidente. Que, perdoem-me a leviandade, faço os prognósticos antes do final do jogo e diabos m'a levem se não é que acerto! Claro que as visões só chegam aproximadamente 5 minutos antes da partida, portanto não me parece que possa tirar grande rendimento do meu dom. Não posso sequer acalmar muito bom portuga de nervos em franja e permanente...
No momento em que começou o jogo com a Inglaterra anunciei solenemente que não haveria golos. Após 120 minutos (em que até - oh senhor - bocejei) de chacota finalmente tive o respeito que merecia. Nos 5 minutos seguintes fui a Guilherme Tell da bola e não errei uma! Aquela bolinha estava feita comigo!!

O que eu não podia prever, apesar de me ter feito à câmera, era que eu e a minha mana teríamos espaço de antena no telejornal. Ao longe, é certo, mas em todo o nosso esplendor de mundial-fashion (até o relógio senhores...)

Amanhã dava jeito calar a boca aos franceses...
Aceitam-se apostas, que as minhas visões por esta hora ainda não valem um chavelho!