Bolha

Porque a minha história não podia ficar sem pontuação...

sexta-feira, setembro 29, 2006

Sou uma bolha só

Ninguém quer saber de mim...
(da bolha, não de euzinha)

quarta-feira, setembro 27, 2006

O Natal...

... já não tarda. Das filhós podemos tratar mais adiante, mas do vinho tem de ser agora. Filhós com água, leite ou refrigerante arruina a canção, na modesta opinião do meu pai. Assim, para que ninguém nos acuse de corromper a tradição natalícia, dedicámos o fim-de-semana à vindima.
Parece-me que Deus Nosso Senhor não aprecia resmas de alcoolicamente alegres a celebrar o nascimento da progenitura (um presente embriagado para o menino), pelo que resolveu abrir as torneiras.
Entre cacho e cacho fiquei encharcadinha até à renda da cueca.
A bem dizer ficaria, se a cueca tivesse renda, que não tinha, porque nenhum das minhas cuecas tem renda, excepto uma que me saiu numa rifa.
A bem dizer não fiquei porque tinha o impermeável vestido, a estorvar a vista e a entorpecer os movimentos.
Deus Nosso Senhor bem pode agradecer à minha mãezinha ser prevenida, se não tinha muito remorso que digerir pela gripe aqui da abstémia!

Tenho a informar que ainda tenho os dedinhos todos, que apesar de ter andado com as botas de borracha do meu pai não conheci a lama mais de perto, que o meu aparelho digestivo não se ressentiu dos quilos de uvas surrupiados às pipas de vinho e que os cachos já estão todos esborrachados.
Informo igualmente que apesar das corridas desenfreadas na direcção do tractor qd a chuva apertava, de um ou outro cacho na trombeta, de algumas vespas com mau-feitio e de vários shots de mosto fresquinho, todos os vindimeiros se encontram em perfeitas condições.
Mais informo que estão convidados para um copito! É à confiança!!!

quinta-feira, setembro 21, 2006

Eu quero!!!!

Infelizmente não posso e mando senão este post seria outro...
Eu quero - um "quero" filho... do capricho - uma banda sonora na minha vida. Não mais um CD na minha colecção, mas uma canção para cada instante da minha história.
Um...
I feel pretty... ao acordar.
I'm walking on sunshine... num dia de sol.
Estou de volta pro meu aconchego... num reencontro.
Friends will be friends... num jantar de Natal.
Have I told lately that I love you... num sorriso a dois.
Try not to get worried, try to turn on to problems... num mar de lágrimas.
I will survive... depois da tempestade.
Lalalalaaa... numa ocasião qualquer.
Uma banda sonora, mesmo que nada original, para rematar os meus momentos.
Assim não passo de um filme... mudo. Por muito que me farte de cantarolar.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Acomodei-me

Desisti de contrariar os outros.
É muito desgastante.
A razão que se possa ter perde para o tempo, a paciência e o humor que se esvai por entre argumentos e birras.
Perdi a paciência para discussões intermináveis por uma insignificância qualquer.
Leva lá a bicicleta...

(e as estribeiras, a razão e a calma)

quinta-feira, setembro 14, 2006

Só seis?

Só posso falar em seis coisas que me digam muito, que me toquem, que me revelem (salvo seja para todas)?
A minha sophia é muito somítica!! Não estamos a falar do arco-íris rapariga! Se eu fosse um seis mais valia chamarem-me tédio de morte!
Se bem que entediante seria divagar acerca de todas as coisas que dizem, tocam ou revelam a minha pessoa, portanto ficamos pelas 6. Mas porque não 7??
Cala-te e escreve! (chata da miúda)

1 - Silêncio: o meu espaço comigo mesma.
2 - Riso: do sorriso à gargalhada, porque rir é o melhor remédio e muitas vezes a única alternativa. Rio muito e gosto que um riso me responda.
3 - Erros: gosto de assumir a responsabilidade pelos meus, gosto de como não me deixo abater por eles, gosto de começar de novo.
4 - Saudades: tão natural como respirar. Se insisto em amar, insisto em sentir a falta. A minha saudade esconde sempre um "voltar a estar contigo", algum dia.
5 - Família: aquela em que nasci, o meu porto seguro, e aquela que escolhi, o meu ponto de encontro.
6 - Sonhos: sou uma cabeça na lua, ou até onde os meus sonhos me levarem.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Ao milímetro... com lupa

Mulheres, aparentemente nenhuma foi capaz de esquecer os kilos, os pêlos, as borbulhas... e só eu fiz a figura ridícula de passar por presumida...
Para me redimir, aqui vai uma nova análise escrupulosa, agora de tudo o que é defeito que esconde os antes apregoados atributos.

1 - O cabelo: tem volume a mais, não é domesticável e só de ver água eriça-se todo.
2 - A cara: é dona de traços demasiado vincados, e um queixo que excede os regulamentos, e sobressai não só pelo tamanho, mas tb por ser torto graças a uma queda na infância. Como se não bastasse o nariz tb é torto à custa de um jogo de futebol. Além disso as olheiras são minhas eternas companheiras.
3 - O pescoço: esse é mesmo perfeito...
4 - Os braços: são muito magrinhos e cheira-me que têm queda para a flacidez. Acresce que são donos e senhores de umas borbulhinhas de estimação perenes.
5 - As mãos: são boas para cavar e põem as mãos de princesa a canto. Os dedos têm os nós grossos demais e tenho tendência para partir uma unha periodicamente.
6 - O peito: é pequeno.
7 - A barriga: é um modelo africano, que nem deitado perde o volume.
8 - As costas: são tão direitas que há muita roupa que pura e simplesmente não assenta.
9 - O rabo: estrias, celulite... tenho de dizer mais alguma coisa?
10 - As pernas: podiam ser mais magrinhas e não ter uns gémeos sobredotados.
11 - Os pés: têm um osso fora do sítio, portanto são muito esquisitos com as sandálias.

O que eu gostava da benevolência... Vai-se a ver até nem sou grande coisa!

sexta-feira, setembro 08, 2006

Ao milímetro

Mulheres, esqueçam os kilos, as borbulhas, as olheiras, os pêlos, as pontas espigadas!
Tudo o que nos faz falta para subir a cotação de uma auto-estima à beira da falência é uma análise detalhada dos lindos invólucros que Deus nos deu com a benevolência ligada no máximo e a modéstia guardada no armário.
Os pseudo-psiquiatras leiam e aprendam!!!!

1- O meu cabelo: combina com o resto da morena que sou. É castanho chocolate de cozinha, muito forte e não tenho que fazer nada para que exiba jeitos sempre diferentes a cheirar a cabeleireiro;
2 - A minha cara: é laroca! Orelhas perfeitinhas, sobrancelhas que nunca pediram depilação, olhos grandes, pestanas compridas, narizinho cheio de vida (literalmente), e sorriso rasgado sempre à espreita.
3 - O pescoço: igualzinho ao da minha mãe. Um verdadeiro 86-60-86. Perfeito!
4 - Os braços: são esguios e pouco peludos. Começam nuns ombros dignos de serem mostrados (sem isto de descaídos) e acabam nuns pulsos fininhos q.b.
5 - As mãos: são boas para tocar piano e fazer festinhas, sobretudo no cabelo. Como se os dedos não fossem já compridos o suficiente acrescentei-lhes umas unhas que me dão outro "nice".
6 - O peito: é firme e bonito à vista. E mais não digo.
7 - A barriga: é um modelo à africana, tendencialmente saliente e com uma cinturinha engraçada.
8 - As costas: não sei, nunca vi, mas deve ser tão lindo como o resto....
9 - O rabo: é arrebitado como um rabo deve ser. E é suave ao toque :)))))
10 - As pernas: são compridas e musculadas.
11 - Os pés: são uns fofos - dedos pequeninos, unhas pequeninas. Uns fofos!

Quase que me ía descaindo com um ou outro defeito, mas já está!
Mesmo que seja só uma ilsão da minha parte... arre, sou boa comó'milho!

(e aqui a boa desafia todas as outras meninas, todas!!!!!, a fazer o mesmo!)

quinta-feira, setembro 07, 2006

É triste ter o nome a vadiar pela boca de uns e outros porque se abriu mais uma cova no cemitério.
A esta hora está o caos instalado no plácido lugar adormecido na foto anterior. Não há como um dobrar dos sinos mediático para acabar com a pacatez de uma aldeia.
A investigadora encontrada morta na Amazónia esta semana deve estar a ser enterrada neste instante numa terra que é tanto dela como minha. A terra dos nossos pais.
A aldeia que a esta hora já escondeu as fitas coloridas e trouxe à rua o luto.
A regra por ali é que todas as almas se vão despedir daquela que teve mais pressa. Mas hoje a terra foi invadida por curiosos e jornalistas. Não há patrício que não tenha sido já entrevistado e não há certamente sombra que chegue para tanta gente.
Eu não conheço a rapariga. Provavelmente cruzámo-nos mais do que uma vez sem reparar em quem passava. É parecida com a mãe, uma senhora “alemoa”, como é carinhosamente identificada por aquelas bandas.
Vai ter um funeral a abarrotar de gente porque foi notícia, porque o pai é importante, porque era filha.
Assim é complicado descansar em paz.

terça-feira, setembro 05, 2006

Voltei!!!

Mas porquê meu Deus, se até estava lá bem???
Mas porque será que não consigo controlar os meus impulsos sado-masoquistas?
Imaginei que uns dias na praia, muitas manhãs bem dormidas e boa vida e boa companhia q.b. seriam o suficiente para plantar algum juízo nesta cabecinha, mas enganei-me. A ventania que por lá vai é tanta que tomei a sábia decisão de voltar ao trabalho...
Em má e tórrida hora...
A Bairrada pode ter os porquinhos bébes, mas White Castle City é a capital dos beirões no churrasco. Beirões bem temperadinhos, já que andam o dia todo a marinar no seu próprio suor.
Sou uma taralhoca pronta a consumir por um qualquer canibal não muito selectivo e nada picuinhas, que faça marchar até as duras de roer.
É a minha penitência por umas férias curtas, curtinhas, mas boas, boinhas.
Para quem não conhece, aqui fica uma foto da aldeia de férias, fins-de-semana, feriados e parentela.