É Natal, é Natal, já nasceu Jesus...
Agora chegaram os tempos de mudar as fraldas à criança...
O que faço de bom grado, recarregadas as baterias com muitos e bons momentos, ricas prendas e apetitosas sobras. É irrefutável: eu fui uma menina muito boazinha, o Pai Natal que o diga.
O Natal já foi, mas já começou uma nova contagem decrescente. Eu sou uma Natalo-dependente...

Como quem não quer a coisa 2006 vai-se finando, mas promete ir-se embora com alarido e deixa boa memória.
Resoluções futuras não há, uma vez que nunca passam de lenha para a minha fogueira anual dos remorsos por promessas não cumpridas.
2007... diz o meu horóscopo que vai ser magnífico. Assim não vou formular desejos, porque seria redundante, excepto um: 2007, anda cá anda!!

Feliz Natal (muito feliz mesmo)

Estatisticamente estou quase, quase fora de validade.
Os 26 anos e oito meses já espreitam ao virar da esquina, prontos para me saltarem para cima e colar a etiqueta de encalhada.
Lá diz o povo, a Shakira (a bem dizer essa fala nos 30), e a estatística que as mulheres se casam antes dos 26 anos e oito meses.
26 anos e oito meses, dizem eles, é a média de idades com que as mulheres dão o nó, já com uma tesoura atrás das costas para o cortar aproximadamente 4 anos depois.
Dizem que é a média, mas já se sabe que há médias que são datas limite, há médias que depois de cruzadas nos condenam ao falatório.
“Coitada” já se comenta. “ Não consegue agarrar um homem...”
Suponho que no dia em que os meus tempos de casadoira derem o último suspiro os meus dentes se hão-de encavalitar, o bigode enfarfalhará e exalarei um odor pestilento dos pés. Não restarão dúvidas de que fiquei para tia. Isto se minha irmã pequena, que também não está a ficar mais nova, não me der o desgosto de se juntar ao clube e me condenar a ser apenas uma solteirona.
Como a profissão também não promete dias desafogados, nem trocos terei para pagar a um jovem para que se esqueça das cócegas que o bigode possa fazer.
Enfim, não serei só eu banida do convívio social (reservado a casais bem casados). Tenho pena... amigas tão lindinhas as minhas, sem um homem que as salve do cholé e do velo na venta... Os namorados são entretém, não garantia...
Infelizmente, o tempo que resta ainda jeitosinha, não chega para arranjar igreja, restaurante e vestido... Terei que me conformar em ser apenas uma mulher feliz comigo própria, com dentes encavalitados incluídos. Afinal, há gostos para tudo...

(Ainda que no fundo esperneie a esperança de não ser yogurte, que expira um dia depois da data que está na tampa, antes ser pacote de bolachas, que aguenta uns mesitos fora de prazo sem criar bolor)

Xaram!

Ora aqui está uma "lapona"(=pessoa com uma costela da lapónia) anónima(e portanto autorizada a usar bóina) :

Os olhos que passam e não nos veêm...
Os corpos que se roçam e não se sentem...
As vozes que se confundem e não se escutam...
As histórias que se cruzam e não se tocam...

Eu e uma multidão de estranhos.
Uma multidão que me olha e não me vê, que me absorve e não me toca, que não me fala nem me ouve.
Vidas cada vez mais anónimas.
Vida cada vez mais livre, porque os anónimos estão, vão, chocam, gritam, mas não importam.
Vida cada vez mais só? Só se eu deixar.

Vou gozar do anonimato com a minha bóina nova. E quem sabe ligar a um amigo.

Ressaca

Ou muito me engano (e eu parto sempre do princípio de que nunca me engano) ou estou a ressacar...
A ressacar de um fim-de-semana a demasiada altitude. A ressacar da Serra da Estrela, da cabana, da neve, do Party, das fotos manhosas, da comida abundante e a toda a hora.
Tal não é a minha ressaca que não me importei sequer com o mosquito que agonizava nos meus sais de fruto - quando estrebuchou já não havia nada no copo...
Estou a ressacar, mas à espera da próxima bebedeira.
Estou a ressacar, portanto tenham contemplação pelas respostas que se seguem...
1. Três coisas que não entendo:
-carros
-o pessimismo
-o meu cabelo
2. Três coisas que detesto:
-ordens
-desdém
-F.C.P
3. Três coisas que me assustam:
-despedidas
-coisas por dizer
-o ridículo
4. Três pessoas que me fazem rir:
-eu própria
-a Sophia
-o meu tio Zé
5. Três coisas de que gosto muito:
-chocolate e pão
-beijos e abraços sinceros
-escrever
6. Três coisas em cima da minha secretária:
-fotos
-canetas
-uma figura do Gollum
7. Três coisas que estou a fazer neste momento:
-a tentar não dar nas vistas
-a tentar ser rápida
-a ouvir o meu estômago
8. Três coisas que quero fazer antes de morrer:
-ser mãe
-ir ao Egipto
-continuar a ser feliz
9. Três coisas que sou capaz de fazer:
-malha!!!! (desde ontem)
-fazer rir alguém
-imitar um coelho com o nariz
10. Três coisas que não sou capaz de fazer:
-perder o optimismo
-ser cruel e guardar rancor
-calar-me quando devo
11. Três coisas a que devia dar ouvidos:
-ao relógio
-ao meu estômago
-à minha mãe
12. Três coisas a que nunca devia dar ouvidos:
-aos Arguidos
-ao estômago
-aos senhores do tempo
13. Três coisas que gostava de aprender:
-dançar
-ter paciência
-voar
14. Três comidas favoritas:
-cozido à portuguesa
-puré com qualquer coisa
-morangos e cerejas
15. Três bebidas que bebo regularmente:
-água
-leite com Cerelac
-sumo de laranja espremido na hora
16. Três séries de TV que via em criança: (só três?!)
-marco
-bonanza
-barrio Sesamo (sim, o espanhol)
17. Três coisas que vou fazer "amanhã":
-filhós
-presépio
-ronha
Três amigas que vou chatear:
-Angélica (que a bem dizer é minha irmã)
-Rita (vulgo ameixa maria)
-bailaroska