Bolha

Porque a minha história não podia ficar sem pontuação...

quinta-feira, junho 28, 2007

1+1 = 2
O B, A, BÁ da Matemática.
Antes sequer de fazermos o B e o A direitinhos, já sabemos o resultado da conta.
Porque é simples e porque mais simples não há...
"Tens uma maçã, juntas outra maçã, com quantas ficas?"
Saímos da primária já a saber que nas somas não há elementos neutros nem absorventes, que dois em um só os champôs...
1+1 = 2, um resultado maior que as parcelas.

Se tentarmos fazer de duas maçãs só uma... dá molho.
(porque será que há por aí tanto casalsinho que não consegue perceber isso?)

terça-feira, junho 19, 2007

Fui parar à prisão.
Tanto assalto à mão armada ao bom senso, tanto homicídio qualificado da decência, tanta ofensa à integridade psíquica dos leitores...
É tal e tão inusitado o rol de maltrapilhice consumado pela minha pessoa que já tardava...
Como a generalidade, não fui de boa vontade e continuo convicta da minha inocência. Atribuo todos os meus actos a defeito de fabrico, más influências e sandice precoce.
De pouco me vale. Escolhesse melhor os pais, os amigos e o juízo.
Bati à porta, espreitaram pelo buraco e abriram.
Despedi-me do telemóvel.
Tive um momento de intimidade com o detector.
O ritual estava cumprido, o portão atrás de mim estava trancado.
A Taralhoca estava atrás das grades.

Decorrida meia hora deixaram-me sair. Acreditaram que ia apenas de visita...

quarta-feira, junho 13, 2007

A que extremo chegámos nós senhor...
As colunáveis alterações climáticas andam a fazer cócegas o equilíbrio natural das coisas.
Os polos derretem, os metereologistas vivem com as voltas trocadas, a água potável vai valorizando e os empregados de mesa já não querem saber dos pedidos.
"Queres beber o quê???? Vê lá se tens juizinho! Bebes isto e calas!!" - não o dizem, mas está subentendido quando trazem propositadamente para a mesa aquilo que não pedimos nem sequer gostamos e que depois somos forçados a beber porque o sacaninha não troca e não queremos que o guito e a bebida fiquem ambos para a casa...
Eu bebi. Depressa e disciplinadamente... para não sentir o sabor.
Travem o aquecimento global. Por favor. Por mim e pelos meus batidos de morango.

(Tratem de reciclar!!! Eu sou leviana aqui, mas nunca com o meu lixo)

sexta-feira, junho 08, 2007

Cada pergunta feita esconde uma resposta.
Já não há perguntas sinceras, há pedidos de confirmação.

terça-feira, junho 05, 2007

“Sim... Sr.ª D. Taralhoca é nosso prazer informá-la de que ganhou um viagem. Só terá de vir ao hotel XPTO levantar o seu prémio.”
Finalmente puseram fim à discriminação. Seria provavelmente das poucas vivalmas da nádega de Judas a nunca ter sido premiada com uma daquelas fantásticas ofertas sem porquê nem contrapartida.
Obviamente não iria perder a oportunidade de me poder gabar de já ter sido contemplada. Evidentemente não iria comprar nenhum dos produtos que, a pretexto da entrega do prémio, me tentariam impingir.
Foi com este espírito que me desloquei ao tal hotel e foi com o mesmo espírito que me sentei na cadeirinha frente ao vendedor trintão encarregue de me demover...
Decorrida mais de uma hora e esgotada a minha paciência, mas não a minha resistência pus termo à conversa com um desesperado “Chame-me casmurra!”
Não chamou. Perguntou-me:
“Você não vai fazer negócio comigo pois não?” – Não.
“Você vai-se levantar assim que eu acabar de falar?” – Vou.
“Eu não a vou chamar casmurra, mas não se vai ofender com o que eu lhe vou dizer...”

(Mau, mau, mau, mau, mau!! Anda, injuria-me que levas com um processo crime na tromba!!!)


“Você é das mulheres mais bonitas que eu já vi.”
...
Não levou com o processo, levou com uma gargalhada e um:
“Tudo o que me disse até este momento podia ser verdade, mas agora... descaiu-se.”
PS: Obrigado a todos os que se lembraram do meu aniversário. Beijo.

domingo, junho 03, 2007


Há coisas que tenho de fazer.
A cabeça sabe que devo, o corpo boceja.
Tenho de ser eu própria a coagir-me a mim mesma a fazer o que tem de ser feito. Até que eu mesma já não permito a mim própria deixar de o fazer.
Um ter de que de obrigação passa a necessidade.
Foi assim que nasceu o hábito de lavar os dentes.
As coisas que gosto de fazer, que o corpo pede e a cabeça protesta contra não são hábitos, são vícios.
Eu tenho mais vícios que hábitos.
Mas o que tenho mais são manias, coisas que não gosto especialmente de fazer, mas que acabo sempre por fazer...