Bolha

Porque a minha história não podia ficar sem pontuação...

sexta-feira, maio 30, 2008

Se os amigos são a família que escolhemos.
Então os filhos dos amigos são nossos... sobrinhos.
"Comi" uma premissa, mas a conclusão deste meu silogismo nem por isso fica coxa.

Eu já tenho o meu primeiro sobrinho!
P.S.: (que não tem nem pouco nem mais ou menos a ver com o que está antes) Eu vou.

terça-feira, maio 20, 2008

ATENÇÃO: Este post é do piorzito que há. Não pelo teor em si, mas pelo mesquinho móbil que me trouxe à sua publicação. Retaliação. Pode não parecer, mas sou uma bisca do pior.
E o meu pior de hoje vai para a Sr.ª D.ª Bailaroska, que a cada semana que passa faz estrepitoso alarido dos seus fins-de-semana tão movimentados, tão divertidos, tão fashion!
Eu tenho por hábito ser mais modesta, mas não tenho paciência de santa, portanto o resto que ponha os óculos de sol, porque este post vai encadear a D. Bailaroska (suprimindo o Sr.ª porque estou com pressa) de tanto movimento, divertimento e fashionamento.
Ora aqui vai.
Fui passar o meu fim-de-semana à serra. Chamemos-lhe antes monte.
Não acampei por lá porque não calhou. Afinal, não seria a 1ª vez que montava a tenda no quintal da casa. Sim, porque no monte há uma aldeia e na aldeia há uma casa, que por acaso é da família.
Prosseguindo, fui para o monte, o que além de ser chique traz sempre chouriça ao almoço.
Cheguei Sábado à noite e logo a abrir um casamento hindu. Que isto da televisão trouxe o mundo à aldeia, “índios” e os seus costumes pagãos (que aquilo nem teve votos de fidelidade, nem padre, nem nada, cruzes credo!) incluídos.
Já de pijama ceámos a olhar para os riscos da televisão, porque a antena andava no bailarico com o vento e estava esquecida de nós. Remediámo-nos com um livrinho de cabeceira, do Sr. Camilo José Cela, cuja ausência de vírgulas, nos pôs a dormir num instantinho.
Acordar com o canto dos pássaros é maravilhoso. Só que não há cantar aviário, nem sequer o das andorinhas que fizeram o ninho dentro da varanda, que suplante o grito materno.
Para começar bem o dia cerejas. Cerejas até a chuva dizer que alguns baldes já chegavam.
Depois da chuva, sol, depois das cerejas, horta.
Na horta, como sempre, emoção sem fim. Sobretudo porque estando só eu e a Taralhoca mais nova, não havia quem nos repreendesse por apanhar um espinafre pouco tenro, ou por esquecer ervilhas a mais.
O limoeiro, que precisa urgentemente de ir a uma consulta de planeamento familiar, deu-nos que fazer. Mas o melhor estava guardado. Puxar, esgravatar e blasfemar. Não há como a refrega com as cenouras. Olé! Grão ao almoço e estávamos prontos para a tarde.
A tarde é que não estava pronta para nós e deixou-se estar. Dedicámo-nos a tirar medidas a divisões e quinquilharia, actividade upa, upa na escala da auto-recreação.
Dedicámo-nos até que fomos interrompidas por notícias do Vicente.
O Vicente é o corvo de estimação da vizinha que ladra, cacareja, fala e traz achados para casa. O achado da tarde era um gatito preto, que trouxe no bico preso pelo rabo e que não terá mais do que… hum… não percebo assim tanto de gatos. É pequenito, prontos.
Apropriámo-nos do achado do Vicente e procurámos introduzi-lo no gang felino que vive às portas da minha avó. A reacção variou entre a indiferença e a curiosidade, salvo por parte do Simão, que achou divertidíssimo hostilizá-lo à sapatada. Enfim, neste momento o Preto (black era mariquice a mais) está a viver na dispensa, sujeito a liberdade vigiada. Pelo menos até saber sapatar também.
Quando colocámos ponto final a estes sanapismos a tarde já era. Pensávamos nós. Porque a filha da vizinha (não há como a vizinha para arribar as hostes) apresentou-se ao serviço. Demos-lhe a prenda de anos atrasada – uns óculos de sol que à luz das 8 da noite escondiam o caminho. Não foi empecilho para nos obrigar a passar mais de uma hora a correr para frente e para trás, porque era giro. Os miúdos de 3 anos entretêm-se com pouco, mas não se cansam nem com o muito.
Assim que a nossa carrasca foi arrastada para casa enfiámo-nos no carro, acenámos à avozinha, que, como sempre, se benze 3 vezes enquanto o carro se afasta.
O fim-de-semana na serra, ou antes, no monte, estava terminado.
Muito movimento, divertimento e fashionamento para dois dias só.
A Sr.ª D. Bailaroska queria!!!

quinta-feira, maio 15, 2008

Às vezes pergunto-me...
O nosso sistema numérico é diferente?
As vias de acesso são impossíveis?
Ganhamos muito?
Não????
Mas então o barril de petróleo não subiu o mesmo em todo o lado...
Subiu????
Mau!
Já sei! O nosso combustível tem mel. O que naturalmente encarece o produto.
Saindo prá Espanha acabou-se o mel e caem os preços 15 cêntimos por litro. Sim, porque o mel é caro.
Que não venham os senhores da Galp dizer que são as leis da procura e da oferta a ditar a queda. Porque os espanhóis também gostam pouco de andar a pé.
Temos de passar a frequentar as bombas das grandes superfícies. Esses cortam no mel.
Digo eu, que sou só uma pendura.

P.S.: Já agora, reclamar contra a subida de preços parece bem, mas reclamar da não baixa dos ditos também não parece mal. É que quando a matéria prima sobe não há senhor vendedor que se esqueça de aumentar os preços, mas quando desce... passa-lhes ao lado. Tanto comer e calar também enche.

terça-feira, maio 06, 2008

Caros leitores:

Venho por este meio comunicar que o blog faz três anos.
Sendo certo e sabido que um blog, qual bicho de estimação, vive menos que o dono, suponho que, para fazer jus à verdade, terei de espetar algumas 12 velas no bolo. E conformar-me com o facto de que estamos às portas da puberdade.
Não tarda este blog ficará borbulhento e passará a dar respostas tortas.
Peço aos leitores que sejam tolerantes com ele, mas que por favor façam o obséquio de o denunciar caso comece a andar com más companhias.
Desde já grata pelos comentários deixados (de preferência com laço, já que festa é festa), atenciosamente se subscreve.

Taralhoca

sexta-feira, maio 02, 2008

Esfrego os olhos na tentativa vã de empatar o bocejo.
Tirei uma lente de contacto do sítio para nada, porque as oscitações continuam a sair em catadupa.
Oscitações são bocejos, a fazer fé no dicionário.
Hoje sobra-me tempo para o dicionário. Tempo até para o solitário.
Tenho páginas e páginas a precisar de uma leitura à minha frente, mas os bocejos, vulgo oscitações não querem nada com elas.
Hoje ficar “por baixo” da ponte não custa, mas dá sono.
Porque o Trabalho encheu o final da semana de nada para fazer.
Até a torre do relógio espreguiça as badaladas.
Lá fora gentes são menos que os pardais e carros menos que as gentes, que em dias de sol a gasolina não está para passeios.
As mãos estão frias porque até este texto é dactilografado ao relantim, entre bocejo e oscitação.
O tempo não passa, vai passando.
Mas no interlúdio entre um feriado e um fim-de-semana não serei eu a protestar.