Bolha

Porque a minha história não podia ficar sem pontuação...

quinta-feira, julho 31, 2008

Qual paciência, qual quê!!!
Para estupores, pedantes, preguiçosos e todos os outros montes de esterco, para não dizer merda, do mesmo calibre uma vara de marmeleiro pelas costas ainda era pouco!!!!

Paciência guardo para as Repartições Públicas.

sexta-feira, julho 25, 2008

Todos os dias faço o mesmo caminho.
Todos os dias, quatro vezes, me cruzo com as mesmas pedras da calçada e com outros tantos personagens que parecem “calçar” as ruas que revejo em dobro cada dia.
Todos os dias, excepto Sábados e Domingos, que as solas conhecem os seus direitos laborais.
Todos os dias, duas vezes para lá, duas vezes para cá, para lá com pressa, para cá com gosto (não poucas vezes da bóia que já antecipo na boca).
Todos os dias, seja Inverno ou Verão, coberta de abafos ou de protector solar.

Pois todos os dias sinto que será aquele o dia em que não chego ao destino direita.
Não são alguns ameaços de atropelo que me afligem.
Nem as cagadelas de pássaros.
Nem os andaimes dos sempre estimados e afáveis técnicos do tijolo, cimento e tinta.
Nem as tiras das sandálias que se rasgam de já não poder comigo.
O fatalismo que todos os dias me consome chama pai a um metro quadrado de terreno, ligeiramente inclinado, forrado a pedra bem polida, que todos os dias, sem bufar, tenho de pisar.
Todos os dias, várias vezes ao dia... é tentação a mais para o destino.
Um destes dias espalho-me ao comprido.

Todos os dias estou quase. Mas o quase não tarda.

quinta-feira, julho 24, 2008

Sequelas de um dia na praia fluvial.
Não, não são os corpos disformes, é o furo junto à fechadura do carro recém assaltado estacionado à beira da GNR.

sexta-feira, julho 18, 2008

“Então, estás a pensar na morte da bezerra?”
É uma frase recorrente na minha já não tão curta vida. O que dá muito “estás a pensar na morte da bezerra” junto.
Não é pergunta descabida já que a falecida bezerra ocupa grande parte dos meus pensamentos. A bezerra e o seu respectivo funeral brasileiro. Sim, a minha bezerra tem funeral brasileiro.
Porque não é rara, nem de quando em vez, nem frequentemente, é sempre, que dou por mim a rir quando estou a pensar na bicha. Aquele enterro deve ser uma folia só.
À custa da estaferma e defunta vitela ando por aí risonha, sim senhor, mas a rir pra, de e com ninguém
“Então, estás a pensar na morte da bezerra?”
Se me estou a rir só para mim mesma é provável.

quinta-feira, julho 17, 2008

É preciso ter pontaria.
E eu tenho pouca ou nenhuma, tendo os espectadores das minhas partidas de dardos por testemunhas.
Pontaria não tenho, tenho é pouca sorte.
O meu afã de ter logo à mão o trocado para pagar o meu pãozinho e o afã de outros para sair da fervilhante churrasqueira onde se vende o dito deu em encontrão.
Eu aguentei o embate, mas as minhas duas moedinhas de um euro não e saltaram dos meus dedinhos, admito que suados, para fora.
As pobres moedinhas gritaram de terror em “moedês”, sentindo já o seu metal tinir no duro e conspurcado chão. Mas a sua pontaria foi tanta (eu sabia que alguém neste post haveria de a ter) que entraram decote abaixo e foram aterrar dentro do soutien (que uso discretamente debaixo da roupa ao contrário das alças e afins à vista que parece ter virado moda), mais precisamente à copa do lado esquerdo.
Eu até teria lá deixado as moedinhas aconchegadas (sim, aconchegadas, que eu gosto de lingerie confortável), não fora dar-se o caso de serem as únicas moedinhas da carteira e eu não estar disposta a abdicar do meu sagrado pãozinho.
Virei-me discretamente para o ângulo menos povoado do estabelecimento e, mais lesta que um carteirista, trouxe novamente o meu escasso guito à luz.

Moral da história: uma Taralhoca, mesmo que tenha moedinhas com pontaria, nunca sai da churrasqueira sem o seu pãozinho.

(pois, eu sei que usando a palavra soutien muito depravado virá até nós, mas as audiências andam tão fracas já estou disposta a tudo, até a recorrer à roupa interior.)

quarta-feira, julho 09, 2008

Telegrama

Nós fomos a terras de Sua Majestade. Stop.
Uma de nós levou com um “get the fuck out of here”, um tendão à banda e uma cagadela de pomba na cabeça. Stop.
Algumas de nós foram revistadas à maneira. Stop.
Outras de nós ficaram sem compota no aeroporto. Stop.
Nenhuma de nós subiu às galerias da catedral doravante conhecida por Inominável. Stop.
Mas Londres é lindo… Stop.
Assinado: Eu por todas nós. Stop.

Bolas que foi curto!!!

quarta-feira, julho 02, 2008

Londres, aqui vamos nós!!
(e nisto do "vamos" o "nós" é a melhor parte)