Bolha

Porque a minha história não podia ficar sem pontuação...

sexta-feira, janeiro 30, 2009

Coisas do Demo serão todas as maquinetas, aparelhos e modernices que tais, salvo a máquina fotográfica digital.
Isso é invenção divina e persigno-me já aqui, benza Deus Nosso Senhor. Um acesso súbito e inflamado de religiosidade com justa causa. Que causa? A causa das “santas e tristes figuras para a posteridade”.
No tempo dos pouco saudosos rolos não havia garantias de que o rolo estivesse mesmo lá, ou que estivesse no sítio, ou que não se queimasse.
Incomensuravelmente pior: não sabíamos o que é que podia sair dali.
Carantonhas, pele oleosa, poses suspeitas, sorrisos desfocados... que só ficávamos a conhecer depois do fotógrafo, para muitas vezes dar por mal empregue o dinheiro.
A minha irmã andou a reorganizar as fotos de família e, caramba, foi tanto o dinheiro mal gasto entre a minha infância e a idade adulta.
As 2 ou 3 que escapam às carantonhas, pele oleosa, poses suspeitas e sorrisos desfocados perdem-se em bombazinas, meias coloridas, Tshirts bem largas e uns óculos pirosos.
Não divido as culpas com a máquina, que é tudo meu, mas a verdade é que a bicha podia ter tido a decência de me avisar.
A máquina digital é mais honesta comigo. Poupa-me dinheiro e desgostos. Satisfaz o meu vício de flashar tudo o que mexe sem remorsos.

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Finalmente!
Por fim alguém fez das minhas palavras actos!
Aliás galgou as minhas palavras e foi mais além.

"Ai vens aqui para roubar mê cabrão!!!???!!! Toma lá!"

Eu apregoava o pau de marmeleiro, mas uma barra de ferro também não me parece mal...

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Há quem diga que todos nascemos com um talento.
Geralmente os que têm talento para coisa nenhuma.
Um dom, que às vezes antes fosse dom rodrigo, que sempre adoça a boca e dá andadura.
Um dom que mesmo não sendo título é mais maneirinho que uma vocação, coisa mais trabalhosa e que tantas vezes não chega a acção.
Mas chega de sandice floreada.
A verdade é que cada um de nós tem jeito para alguma coisa. Mais jeito que a maioria. Somos uma raça de jeitosos, cada qual no seu galho. Claro que há jeitosos e “jeitosos”. E ele há galhos mais concorridos que outros. E há até jeitosos que se enganam no galho e por lá ficam até que o galho parte.
Temos os que prestam para cantar. Outros para jogar futebol. Há os que nos fazem rir. E nunca faltam os que servem para roubar.

O meu talento não faz grande vista. Serventia tem pouca. Mas pelo menos não é ordinário.
Não é um dom assim de categoria, mas faço boa companhia a indecisos, hesitantes, esquecidos e vocabularmente limitados.
Sou uma... completadora de frases.
É para isto que sirvo melhor. Para rematar pensamentos falados alheios. Para sacar o que está debaixo de outras línguas.
Há muito quem não goste, mas quando ouço um “eehhhhhh” do meu interlocutor não me contenho.
Há quem diga que todos nascemos com um talento. Eu digo que tenho uma boca que adivinha. Isto é lá talento que preste?

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Há quem fale de afrontamentos.
Eu parece-me que serão comichões.
Mas todas as malinas que irrequietem são plausíveis.
Seja ela qual for a que tenha atacado é certo que bateu forte.
Alguém acuda com uma terapêutica hormonal, uma bisnaga de pomada ou uma rezinha ao Sr. S. Pedro, que o pobre não consegue sossegar e quem leva com o tempo é que se lixa.

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Triim!!! Triiimmmm!!!!

O telefone está a tocar!
O telefone está a tocar!!
Vou atender, vou saber quem me quer falar!!!
O telefone, o telefone, o telefone está a tocar!!!!

Neste linha de trabalho depressa aprendemos que aquilo que aquilo que ensinava a “Rua Sésamo” é mais engraçado cantado que feito. Porque neste linha de trabalho depressa aprendemos que do lado de lá da linha pode estar uma bela carga de trabalhos.

Não serão certamente os trabalhos de Hércules, mas também moem.
Moem as dezenas de kilómetros, num dia de muita chuva, por uma estrada-estaleiro. Moem mais quando por lentidão de alguns a coisa é adiada e somos obrigados a fazer o caminho duas vezes.
Claro que, esporadicamente acontece o cliente ser um castiço e o moído dói menos.
O que nunca tinha acontecido é chegar ao lugar com o cliente, o cliente conhecer quase toda a gente e toda a gente presumir que eu era a neta do homem.
Cheguei a casa moidinha, mas ao menos desta vez levei beijinhos.

terça-feira, janeiro 13, 2009

Há certo tipo de gente que não vai à bola comigo. E não vai à bola comigo porque eu não convido, não quero e não deixo, que isto de ir à bola não é com qualquer um e mesmo eu não sendo a melhor das "companhias", não gosto que me estraguem a jogatana.
Não gosto de quem não consegue olhar para o chão. Não gosto de quem me aquece as orelhas quando não estou. Não gosto de quem faz as vezes de telefonia.
Não gosto também (mas não só - esquisita eu) de quem, raramente pobre, é mal-agradecido. Gente a quem se dá e agradecem com a expressão de "faço-te o favorzinho de aceitar".
Lembro-me de ainda não andar na escola e de ter pela 1ª vez dinheiro para comprar uma prenda à minha mãe. Dinheiro que me tinham dado no Natal (o grande patrocinador de prendas à família desde que ainda tinha os dentes de leite). Muito satisfeita comigo própria fui até ao supermercado, a única loja onde podia ir sozinha. Dei voltas e voltas e sorri-me quando dei com a prenda ideal: um gel extra-forte para o cabelo numa bela embalagem rosa choque. Prático e original. Quem conhece a minha mãe sabe que nunca jamais aquela gosma chegaria a menos de um metro do seu cabelo. Ainda assim recebeu a minha prenda com o maior dos sorrisos e disse-me que só não punha na hora porque com aquele penteado não dava, mas que era coisa que sempre dá jeito. A minha mãe nunca usou o bendito gel, mas naquele dia eu fiquei muito orgulhosa de mim própria.
Uma prenda, por insignificante que seja, desde que dada com vontade, é uma oportunidade para fazer duas pessoas felizes.
Não suporto gente que desdenha da coisa e não sabe reconhecer o gesto. Que não se alegra com a lembrança, nem alegra quem lembrou. Por feio e inútil que seja o que se dá.

Nota: este post não é uma queixa, é um aviso.
Depois não quero que ninguém se queixe de que se acabou a bolinha.

terça-feira, janeiro 06, 2009

Grossa????
Grossa eu????
A minha excelsa pessoinha?????

É coisa que além de ser uma deslavada aldrabice, é um piropo do mais relezinho! Foleiro mesmo! Duvido até que seja piropo! C'a nojo.