Acabei de ter, agorinha mesmo, 4 dias cheios de tudo.
Tão cheios que com um mero encosto transbordariam generosamente para este blog em inundação de momentos.
Transbordariam. Modo condicional. Aquele que fica sujeito às birras do “se”.
O "se" de serviço embirrou com o blog. Culpa da menina SOFIA, que de menina já tem pouco, que o digam os 7 dias de idade que tem a mais que eu.
Essa dita cuja não sugeriu, não insinuou, nem sequer alvitrou que não percebe o que eu escrevo neste blog. Disse-mo na cara.
Eu regava bem de memórias este blog, se não fosse o comentário maldoso da menina SOFIA.

É graças à menina SOFIA que vou encaminhar a inundação para as folhas de papel do meu diário.

(momento para enxovalhar mentalmente a tal SOFIA)

Não fosse a infeliz SOFIA ficaria o meu blog a saber que...

... no 1º dia eu e a Taralhoca júnior rodámos os kilómetros que nos separavam de Aveiro ao encontro da SOFIA, vimos o Primeiro Minstro, comemos um prego ao balcão, vimos o SLB levar dois do Sporting, invadimos instalações públicas à luz dos telemóveis e fizemos uma entrada pelintra pelo tapete vermelho do teatro aveirense rodeadas de visons.
... na saída do 1º dia e entrada do 2º dei por mim na ponta da cadeira de entusiasmo e a aplaudir efusivamente uma mais que surpreendida bailaroska que encheu o palco.
... no 2º dia me enfrasquei de ovos moles, vi às pressas o Slumdog Millionaire, comi crepes sem nutella (porra) e nem pausa para chichi fiz nos Oscares.
... no 3º dia corri chineses à procura dos últimos acessórios para o meu fato de caobóia feita cherifa (inequivocamente portuguesa, já que trazia um punhal e as algemas não funcionavam)
... na madrugada do 4º dia revisitei um bar de outros tempos e encontrei apenas paizinhos e filhotes mascarados. A espera trouxe camafeus da nossa geração e música da boa. O fantasma encarnado pela Tralhoca Júnior causou furor.
... no 4º dia comi entrecosto grelhado até não poder mais.

Isto e muito mais ficaria o meu blog a saber não fora a língua viperina da menina SOFIA. Criatura cruel!! A quem não falta pudor em censurar o modo de expressão alheio. Pior, não falta pudor em censurar o meu! (toma lá!!)

(25/02/2009)

Esta é uma publicação em atraso. Desde então descobri que passei tempo a mais sem ir a uma discoteca a sério. Não é que tenha perdido o movimento de anca, perdi sim a paciência para a música tecno. Passada meia hora já não consigo engolir os bocejos.

Seja Verão, seja Inverno, seja esta ambiguidade em que as estações do ano se tornaram, (que isto hoje em dia é só misturas) dou bom uso ao sapatos e muito trabalhinho ao sapateiro.
Ando pelo menos uma hora por dia, intervalada é certo, mas não menos andada.
Qualquer obstáculo que surja no meu mais que visto e revisto caminho não é bem visto pelas minhas calejadas solas.
É até muito malvisto se for de uma grandeza tal que seja baptizado pela vizinhança e visitantes como “Estrada do Iraque”.

Os prédios não cresceram, nem em n.º, nem em altura, mas parece que nos fazem falta esgotos mais largos.

Por culpa do intestino laborioso somos castigados com a exposição vergonhosa de manilhas descomunais, assobiadelas de calceteiros e sessões de patinagem na lama.

Mas o alcatrão que começa a vir agarrado aos sapatos enche-nos de esperança.

“Aquela cabra…”
… Além de educadas …
“…Foi-se pôr debaixo dele!!!”
… têm fraca memória – ó senhora quem é que está nas foto da boda ao seu lado no altar!?!…
“… Ele é um macho!”
… é macho, pois com certeza, só lhe faltam é os tomates para dar o pré-aviso à legítima…”
“… Não podia resistir.”
Não podia, nem devia, que isso era coisa para rebentar alguma veia no cérebro ao pobrezinho.

Maridos infiéis são uma corja. Não lhes basta encornar. Do mesmo passo o peso ainda leva metade do bom senso à encornadas…

Eu sou uma gentil menina, calma, paciente, que nunca me exalto e estou sempre de bom humor.
...
...
...
Façam favor de rir. Não se acanhem. É para rir mesmo.
Sou uma menina gentil às vezes, pouco calma, nada paciente, que me exalto quando calha e não raramente estou com os azeites. (surpresa!!!)
Mas sei contar umas piadas giras sem ter de fazer uso do jargão que me vem à boca, espezinhando gentileza, calma, paciência e bons “amores”, cada vez que um sacana qualquer do Projecto Millenium não se limita a pedir, não lhe chega atroar com a campainha, ainda insiste em dar murrinhos à porta!!!!

Era uma vez um caracol.
O caracol vivia no paraíso dos caracóis, a casa da Taralhoca, numa caixinha de plástico cheia de salada.
Mas o caracol foi crescendo e decidiu deixar a carapaça familiar e partir, à vertiginosa velocidade de 2 decímetros por hora, para conhecer mundo, deixando um rasto de gosma pelo caminho.
Onde foi o caracol?

(Talvez a um dos estabelecimentos da Sr.ª D. Amora, Ameixa para os mais íntimos, www.ameixinha.net, www.lojadosbrincos.com, www.eraumavez.com, www.gulodice.com, aprender coisas da vida... :P)

Quando eu andava na escola (frase que é prelúdio de "no meu tempo") eramos mais novos.
Velas apagadas eram as mesmas, mas aparentemente cada sopro levava-nos menos inocência e simplicidade.
O jogo do copo resistiu ao envelhecer das gerações, mas hoje seria impensável passar um "feriado" a jogar ao jogo das palavras. A versão tradicional ou uma outra, que surgiu depois, na qual os nossos amigos tinham de completar uma frase acerca de nós próprios...

Se eu fosse... uma canção, um livro, uma cor, uma comida, um carro, um mês, uma flor, um animal, uma estação, um jogo, um objecto, um perfume, uma sobremesa, uma peça de roupa, um móvel, uma cidade, um país... seria...

Eu sei que guardei as respostas de então, mas não me importava de ter aqui um update. ;)