Sim senhora!
Aos aplausos da 1ª peça e apesar dos modelitos das bailarinas terem um padrão duvidoso já eu dava os 20 euros por bem empregues.
55 músicos exímios, uma solista brilhante e seis pares de bailarinos imaculadamente elegantes.
A 30 minutos da hora da cinderela deixei o cine-teatro com um tímpano apanhado pelos agudos, os pés cansados de, involuntariamente, manterem o ritmo e as mãos a arder de pagar efusivamente as 22 peças seguintes.

Recuperei à noite do susto da manhã.

De manhã: “Laralalala (sim, sou eu – eu já disse que gosto de cantarolar)... Ai que fome! (continuo a ser eu, não há dúvidas). Bolas e ainda tenho de parar no cine-teatro para tentar vender o bilhete que comprei a mais (culpa da mana, por muito que ela esperneie)... Ora cá estamos nós. Vamos entrar. Porra (tipicamente eu), a bilheteira está fechada. Bem, aproveito para levar um panfleto(colecciono tralha, também não é novidade). Olha, outro que entrou ao engano (constatei pelo reflexo no vidro da dita cuja bilheteira).Então, será que também queres um panfleto? (pensei eu quando o reflexo do mesmo se chegou à minha traseira). O melhor será desviar-me para que chegues aos papeluchos… … Mau, se te pões atrás de mim não vamos lá (moça prestimosa que eu sou). Então? Sai de trás de mim! (chô) Ai o caraças!!!!!! (gritei eu cá dentro para o reflexo colado a mim)…”
Felizmente não tive de fazer uso da violência. Dei um beijo ao dono do reflexo e o mesmo foi-me levar a casa…