Adeus buzina rouca, adeus vidros manuais, adeus tablier descorado pelo sol,
adeus estofos gastos, adeus pintura descascada.
Apesar das mazelas não é um adeus, finalmente. É um adeus até sempre. Ou pelo menos até à data em que o abaterem.
O nosso pópó reformou-se depois de 25 anos de serviço à família e a prenda de bodas de prata foi o adeus.
Lembro-me distintamente do dia em que o vi pela 1ª vez. Pareceu-me enorme, reluzente. Fiquei encantada.
25 anos e muitos kilómetros, muitas férias, muito vomitado, muitas sestas, muita bagagem depois perdeu o brilho, mas não o encanto.
Os meus pais ensinaram-me que as coisas não as dispensamos, só porque já há outras mais bonitas, mais modernas.
Os meus pais ensinaram-me que mesmo não sendo a mais bonita e moderna a coisa que é minha deve ser estimada.
O meu pópó resistiu um quarto de século, a exacta idade da minha irmã, e foi sempre e querido.
Podia estar a perder a cor, podia não ter fechos automáticos, mas mesmo não sendo o melhor
era o nosso. Sem peneiras. Com um ronronar que reconhecíamos à distância.
adeus estofos gastos, adeus pintura descascada.
Apesar das mazelas não é um adeus, finalmente. É um adeus até sempre. Ou pelo menos até à data em que o abaterem.
O nosso pópó reformou-se depois de 25 anos de serviço à família e a prenda de bodas de prata foi o adeus.
Lembro-me distintamente do dia em que o vi pela 1ª vez. Pareceu-me enorme, reluzente. Fiquei encantada.
25 anos e muitos kilómetros, muitas férias, muito vomitado, muitas sestas, muita bagagem depois perdeu o brilho, mas não o encanto.
Os meus pais ensinaram-me que as coisas não as dispensamos, só porque já há outras mais bonitas, mais modernas.
Os meus pais ensinaram-me que mesmo não sendo a mais bonita e moderna a coisa que é minha deve ser estimada.
O meu pópó resistiu um quarto de século, a exacta idade da minha irmã, e foi sempre e querido.
Podia estar a perder a cor, podia não ter fechos automáticos, mas mesmo não sendo o melhor
era o nosso. Sem peneiras. Com um ronronar que reconhecíamos à distância.
O nosso pópó era o 5º elemento da família e levou a família para todo o lado.
Hoje já não leva ninguém, é o reboque que o leva para ser desmantelado na oficina. Depois de o ter sido por nós, de véspera. Na despedida guardámos cada canto em foto e muita coisa em peças. Matrícula, banco do pendura, tapa sol, marca, recortes de cada estofo. E escrevemos mensagens de despedida nas portas.
Adeus pópó.
Por parvo que seja fico triste.
Hoje já não leva ninguém, é o reboque que o leva para ser desmantelado na oficina. Depois de o ter sido por nós, de véspera. Na despedida guardámos cada canto em foto e muita coisa em peças. Matrícula, banco do pendura, tapa sol, marca, recortes de cada estofo. E escrevemos mensagens de despedida nas portas.
Adeus pópó.
Por parvo que seja fico triste.
3 Comments:
Eu andei nesse carro, tem aí a minha marca tb!!! ;) E 25 anos era uma criança.....
A vossa familia é fantástica. fazem de cada acontecimento uma celebração. Sempre todos juntos.
Adorei as mensagens na porta.
E não é parvoice; ou, se é, também partilho dela. Relativamente aos carros e às casas que deixei...
Adeus pópó... Snif...
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