Bolha

Porque a minha história não podia ficar sem pontuação...

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Uma narina entupida.
Sim, os jantares de Natal não são só saudades mortas, umbigo de um famigerado herege e tradição quebrada pela penumbra. São também narinas entupidas.
Que ninguém poderia prever. Não depois de uma viagem em que até o quebranto tirámos...
O jantar marcado para as nove começou, como manda a tradição, às nove e pico. E, como manda a tradição, sem a Lili e a Pat ainda à mesa. Mas a culpa não é da tradição, é das moças, que são piores que noivas em dias de enlace.
A comida no Nacional é, como manda a tradição, boa, quase tanto como as tradicionais derrotas do Sporting, ou as fotos dos orifícios corporais do Pedro. Porém este ano três degeneradas resolveram romper com o tradicional doce da casa e ser "românticas". O vestido de colegial de uma e os camafeus das outras duas já pressagiavam coisa de calibre semelhante.
A tradição manda que a digestão e a distribuição de prendas se faça, até que alguém o imole definitivamente, junto ao urso. Lamentavelmente (já que o Natal não é época para quebrar tradições) a iluminação do lugar resolveu mandar-nos, a nós e à nossa tradição, dar uma voltinha para o lado das esplanadas. Fomos, mas contrariados (alguns...). E a tradição disse que não saía dali sem pelo menos uma foto. Foi assim que dei por mim a convencer uma menina (coisa muito mal vista nos dias de hoje), que já devia estar na cama àquelas horas, a fazer-lhe a vontade.
Já na esplanada a uns doeu-lhes o preço do Bailyes, a outros o pouco que levaram para casa da prenda (comestível) que lhes calhou em sorteio. Mas a uns e outros soube a pouco as duas horas à cacimba.
A uns e a outros, mas não à minha narina, que acabou entupida. Mas que se repitam os jantares que com a minha narina pode a outra bem.

terça-feira, dezembro 07, 2010

Azar é viver em White Castle City e ter um julgamento na Lousã, quando o estado acha que não deve pagar despesas de deslocação...
Azar do caraças é nevar toda a noite, fazer metade do caminho a 30 kms hora, percorrer a outra metade por caminhos "de cabras" por causa das estradas cortadas e ter quatro horas de tortura quando só se pediram duas de viagem...
Cúmulo dos azares é estar a dez minutos de lá chegar e receber um telefonema a informar-me que o bendito julgamento foi adiado...