Bolha

Porque a minha história não podia ficar sem pontuação...

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Quem me conhece sabe que sou desastrada. Mas não sou uma desastrada dessas que se encontram por aí aos pontapés, que bem espremidas só dão desastres domésticos e pouco mais. Sou uma desastrada diferente. Com muito mais pontaria e espalhafato. E muito maior reincidência.

Listas telefónicas da azelhice não faço, que podia criar calo na pontinha dos dedos, mas há um ou outro episódio de mérito. E aqui fica mais um para a posteridade

Os meus dedos, concretamente o "pai de todos" da mão direita, habituou-se desde há muito a trazer um anel à pendura. O inverno, porém, leva os benditos anéis a procurar outras boleias. Ficam-me nas luvas, rebolam-me para o teclado, escorregam-me para o chão...

Isto azelhice não é, é hábito e mãos geladas. Azelhice é deixar cair o cachucho no meio de uma passadeira (sim, eu tenho episódios recorrentes em passadeiras).

Felizmente ao menino, ao borracho e aos cachuchos põe Deus a mão por baixo. A mão ou outra coisa que esteja à mão da mão.

Neste caso o meu bem haja aos dias de chuva. Porque se não fossem eles em vez de ir buscar o anel ao fundo do guarda-chuva, fechado durante uma aberta, ainda andava a esta hora a correr atrás dele rua abaixo vaiada por buzinadelas.

Sou desastrada, mas podia ser pior. Podia ter azar.

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Uma narina entupida.
Sim, os jantares de Natal não são só saudades mortas, umbigo de um famigerado herege e tradição quebrada pela penumbra. São também narinas entupidas.
Que ninguém poderia prever. Não depois de uma viagem em que até o quebranto tirámos...
O jantar marcado para as nove começou, como manda a tradição, às nove e pico. E, como manda a tradição, sem a Lili e a Pat ainda à mesa. Mas a culpa não é da tradição, é das moças, que são piores que noivas em dias de enlace.
A comida no Nacional é, como manda a tradição, boa, quase tanto como as tradicionais derrotas do Sporting, ou as fotos dos orifícios corporais do Pedro. Porém este ano três degeneradas resolveram romper com o tradicional doce da casa e ser "românticas". O vestido de colegial de uma e os camafeus das outras duas já pressagiavam coisa de calibre semelhante.
A tradição manda que a digestão e a distribuição de prendas se faça, até que alguém o imole definitivamente, junto ao urso. Lamentavelmente (já que o Natal não é época para quebrar tradições) a iluminação do lugar resolveu mandar-nos, a nós e à nossa tradição, dar uma voltinha para o lado das esplanadas. Fomos, mas contrariados (alguns...). E a tradição disse que não saía dali sem pelo menos uma foto. Foi assim que dei por mim a convencer uma menina (coisa muito mal vista nos dias de hoje), que já devia estar na cama àquelas horas, a fazer-lhe a vontade.
Já na esplanada a uns doeu-lhes o preço do Bailyes, a outros o pouco que levaram para casa da prenda (comestível) que lhes calhou em sorteio. Mas a uns e outros soube a pouco as duas horas à cacimba.
A uns e a outros, mas não à minha narina, que acabou entupida. Mas que se repitam os jantares que com a minha narina pode a outra bem.

terça-feira, dezembro 07, 2010

Azar é viver em White Castle City e ter um julgamento na Lousã, quando o estado acha que não deve pagar despesas de deslocação...
Azar do caraças é nevar toda a noite, fazer metade do caminho a 30 kms hora, percorrer a outra metade por caminhos "de cabras" por causa das estradas cortadas e ter quatro horas de tortura quando só se pediram duas de viagem...
Cúmulo dos azares é estar a dez minutos de lá chegar e receber um telefonema a informar-me que o bendito julgamento foi adiado...

quinta-feira, novembro 25, 2010

Dar comichão não dá, mas lá que é comichoso é...
Estou cheia de bicheza. E não é daquela bicheza que me deixa empolada ou fanhosa.
Ao empolamento há fenistil que lhe valha.
Ao "enfanhamento" há anti-gripine que acuda.
A esta bicheza de pouco vale o meu anti-virus. Não sei se por culpa da potência da primeira, se da gratuitidade do segundo.
O certo é que não me consigo livrar dela. Portanto se receberem mails meus lembrem-se: eu não sou nem pouco mais ou menos a favor dos anglicismos. Isso são coisas do meu vírus... apaguem-no!!!!

sexta-feira, outubro 29, 2010

Dois velhotes.
Um banco.
Um jardim.
Se o sol aparecer não é difícil encontrá-los juntos.
Curioso é dar com eles a acompanhar os dois dedos de conversa com um baloiçar de pernas.

Perdoem-me o egoísmo, mas peço encarecidamente aos meus amores, afectos e interesses que me façam o favor de não morrerem antes de mim.
Quando o sol aparecer encontramo-nos no jardim. Eu partilho o banco. E prometo que baloiço as pernas.

terça-feira, setembro 28, 2010

Diário de bordo de um corpo.
Figura triste n.º 132858679040608:

Hoje, a caminho do almoço, as mãos, obedecendo a ordens superiores, assumiram a posição de saudação e, a meio da passadeira, acenaram vigorosamente, cada uma para o seu lado, aos dois carros que pararam, em sentidos de marcha inversos, para me deixar passar.
É ao que ando ultimamente.
Culpa da riqueza de cabecinha que me saiu na rifa. E que diz que conhece muita gente...

Amotino-me?

quarta-feira, setembro 15, 2010

Morangos com açucar.
Telejornal.
My name is Earl.
National Geographic.
Quem quer ser Milionário.
Espírito Indomóvel.
Anatomia de Grey.
5 para a meia-noite.

O meu nome é Eclética. Taralhoca Eclética.
Sempre e quando tenha um comando na minha mão :)