ATENÇÃO: Este post é do piorzito que há. Não pelo teor em si, mas pelo mesquinho móbil que me trouxe à sua publicação. Retaliação. Pode não parecer, mas sou uma bisca do pior.
E o meu pior de hoje vai para a Sr.ª D.ª Bailaroska, que a cada semana que passa faz estrepitoso alarido dos seus fins-de-semana tão movimentados, tão divertidos, tão fashion!
Eu tenho por hábito ser mais modesta, mas não tenho paciência de santa, portanto o resto que ponha os óculos de sol, porque este post vai encadear a D. Bailaroska (suprimindo o Sr.ª porque estou com pressa) de tanto movimento, divertimento e fashionamento.
Ora aqui vai.
Fui passar o meu fim-de-semana à serra. Chamemos-lhe antes monte.
Não acampei por lá porque não calhou. Afinal, não seria a 1ª vez que montava a tenda no quintal da casa. Sim, porque no monte há uma aldeia e na aldeia há uma casa, que por acaso é da família.
Prosseguindo, fui para o monte, o que além de ser chique traz sempre chouriça ao almoço.
Cheguei Sábado à noite e logo a abrir um casamento hindu. Que isto da televisão trouxe o mundo à aldeia, “índios” e os seus costumes pagãos (que aquilo nem teve votos de fidelidade, nem padre, nem nada, cruzes credo!) incluídos.
Já de pijama ceámos a olhar para os riscos da televisão, porque a antena andava no bailarico com o vento e estava esquecida de nós. Remediámo-nos com um livrinho de cabeceira, do Sr. Camilo José Cela, cuja ausência de vírgulas, nos pôs a dormir num instantinho.
Acordar com o canto dos pássaros é maravilhoso. Só que não há cantar aviário, nem sequer o das andorinhas que fizeram o ninho dentro da varanda, que suplante o grito materno.
Para começar bem o dia cerejas. Cerejas até a chuva dizer que alguns baldes já chegavam.
Depois da chuva, sol, depois das cerejas, horta.
Na horta, como sempre, emoção sem fim. Sobretudo porque estando só eu e a Taralhoca mais nova, não havia quem nos repreendesse por apanhar um espinafre pouco tenro, ou por esquecer ervilhas a mais.
O limoeiro, que precisa urgentemente de ir a uma consulta de planeamento familiar, deu-nos que fazer. Mas o melhor estava guardado. Puxar, esgravatar e blasfemar. Não há como a refrega com as cenouras. Olé! Grão ao almoço e estávamos prontos para a tarde.
A tarde é que não estava pronta para nós e deixou-se estar. Dedicámo-nos a tirar medidas a divisões e quinquilharia, actividade upa, upa na escala da auto-recreação.
Dedicámo-nos até que fomos interrompidas por notícias do Vicente.
O Vicente é o corvo de estimação da vizinha que ladra, cacareja, fala e traz achados para casa. O achado da tarde era um gatito preto, que trouxe no bico preso pelo rabo e que não terá mais do que… hum… não percebo assim tanto de gatos. É pequenito, prontos.
Apropriámo-nos do achado do Vicente e procurámos introduzi-lo no gang felino que vive às portas da minha avó. A reacção variou entre a indiferença e a curiosidade, salvo por parte do Simão, que achou divertidíssimo hostilizá-lo à sapatada. Enfim, neste momento o Preto (black era mariquice a mais) está a viver na dispensa, sujeito a liberdade vigiada. Pelo menos até saber sapatar também.
Quando colocámos ponto final a estes sanapismos a tarde já era. Pensávamos nós. Porque a filha da vizinha (não há como a vizinha para arribar as hostes) apresentou-se ao serviço. Demos-lhe a prenda de anos atrasada – uns óculos de sol que à luz das 8 da noite escondiam o caminho. Não foi empecilho para nos obrigar a passar mais de uma hora a correr para frente e para trás, porque era giro. Os miúdos de 3 anos entretêm-se com pouco, mas não se cansam nem com o muito.
Assim que a nossa carrasca foi arrastada para casa enfiámo-nos no carro, acenámos à avozinha, que, como sempre, se benze 3 vezes enquanto o carro se afasta.
O fim-de-semana na serra, ou antes, no monte, estava terminado.
Muito movimento, divertimento e fashionamento para dois dias só.
A Sr.ª D. Bailaroska queria!!!
6 Comments:
Sim senhora...estou pasmada com tanta actividade junta em dois dias só!!! Que inveja ;) Mas até tenho saudades dessa terrinha onde bons momentos já passei e até brindei.....
cerejas já marchavam!!
a ver se amanhã actualizo o meu blog ostracizaso ;)
beijinho
Que bela maneira de ler este post: a comer cerejas acabadinhas de em serem oferecidas!
A D. Bailaroska quer mesmo, mas quando é convidada nunca há trabalhos forçados, só passeios na praia fluvial ou noites de divertimento no bar da cidade. Protesto!
Considere-se vingada; há inveja a rodos por estes lados.
Este fim de semana não te faço concorrência.
Quando é que escreves um livro acerca das tuas crónicas, menina Taralhoca? Era um sucesso, não tenho a menor das dúvidas!
Quem vota a favor???
EUUUU!!
E quem comprava-me o meu livro? Não sou parente de assassinos, não tenho uma filha do coração, não sou inspectora da PJ e nasci perfeitinha...
Ah, mais uma coisa.
Ó gaja, o corvo CROCITA!!!!!!
Enviar um comentário
<< Home