Bolha

Porque a minha história não podia ficar sem pontuação...

segunda-feira, março 24, 2008

E um bocadinho de feedback, não????
Não muito, só um niquinho, para não deixar o blog morrer à míngua...
Eu não sou exigente por aí além, salvo com a higiene pessoal que não é chamada ao caso, mas paciência não me sobeja.
A pergunta era simples: sobre o que haveria eu de escrever neste post.
Sem desprimor para os que deixaram a sua sugestão, e por muito tentador que seja escrever acerca da minha irremediavel paixão pelo Cisne Branco, que a bem dizer tem uma plumagem que é uma maravilha, ou divulgar ao mundo a minha receita do bolo delicioso, a verdade é que dou por mim a escolher como tema o feedback raquítico das minhas imprecações. A menos que seja uma estratégia retorcida dos meus comentadores de serviço e fosse a minha revolta o tema de eleição...
Lamento, mas se paciência falta, birra sobra! Portanto, aviso à comunidade, não será sobre a minha fúria incontida que este post vai versar.
Vão ter de aturar, que se lixam, o meu pacato dia de Páscoa!
Acordei (sim, vou sujeitá-los a todos os entediantes detalhes) às 9 e picos, bocejei, enfiei os chinelos, vesti o robe e fiz-me à vida.
Às 10 e 20 a família Taralhoca, muito composta, deixava para trás os lençóis de flanela, as remelas, o pequeno almoço e a casa, mas ainda não os resmungos da Mãe Taralhoca sobre o quão pouco agasalhadas vínhamos, nem os prenúncios de gripalhada. A Serra lá ao longe, toda branquinha, é capaz de lhe dar razão nos próximos dias.
Por volta das 10 e 30 começava a missa de Páscoa. Na Igreja do costume, onde já fui menina de coro. Com o padre de eleição, que numa missa cantada destas desafina até ao esgar de dor, mas que é o único cujo sermão não me leva a reflectir sobre o que será o almoço, abstracção de que só me arranca o levantar o cu do banco, levantamentos estes que, passados todos estes anos, ainda não domino.
Igreja cheinha que nem um ovo. Ovo a sério, não os de Páscoa, que são só fogo de vista. Apinhavam-se, sobretudo os bancos de trás. Aqui, como nas conferência, como nas aulas, como nas reuniões, parece que está tudo com pressa de sair.
Da Igreja à aldeia foi uma horinha de caminho. Almoço de mesa cheia e de sobremesas a mais. As justas para compensar a fraca safra de chocolates deste ano.
A tarde foi passada à moda dos velhos, que não as sabendo todas, não sabem poucas, ao sol, em ruidosa cavaqueira.
Quando o sol se fartou da nossa companhia não houve quem aguentasse na rua. Depois do sol na moleirinha, o vento na perninha, que ontem prescindiu de calça.
E foi com o vento que tivemos de nos entender na viagem de regresso. Fomos obrigados a vir de janelas abertas num itinerário de durou mais do que o costume porque o Sr. Pai Taralhoca foi visitar adegas a mais da conta e nos obrigou a parar quatro vezes para ir procurar o Gregório lá fora. Não encontrou o bendito do Gregório, mas chegou à cidade mais aliviado.
De volta a casa as preocupações foram três: pijama, pizza e lareira, por esta ordem.
Às duas e picos despi o robe, descalcei os chinelos, bocejei e deixei a vida para o dia seguinte.

Agora quero ver quem é que tem o arrojo de não comentar e se sujeitar a mais um relato desta índole. É que eu garanto que os dias de semana são bastante piorzinhos...

7 Comments:

At 24 março, 2008 19:06, Anonymous Anónimo said...

ora bem, eu começo por me queixar pela falta da receita, pois claro!!

sobre o pai gregório, já enviei o meu «eheheh» na sms de ontem, e repito que, fosse eu no carro, e seriam dois a chamar pelo dito, que nisso eu sou muito solidária.

por estes lados há dor de cabeça e queixumes de coluna (nem o colchão remediou os estragos que o cinto das calças me fez ontem), e vontade de estar deitadinha ao quente, que as mãos geladas não são de primavera mas de inverno.

beijokas ;)

 
At 25 março, 2008 11:37, Blogger Hélder said...

Acho mesmo que faz parte da formação dos padres aprenderam a desafinar que nem um galo a imitar um camelo. Ora vejam, se um padre cantasse bem, não havia necessidade de um coro na igreja! Consequência: mais desemprego. Seria dramático para milhares de coristas portugueses! Estão a apanhar a essência da coisa?

 
At 25 março, 2008 14:11, Blogger Taralhoca said...

Uma leva com o cinto, outro toma os males dos coristas portugueses... os meus comentadores estão perdidos...

 
At 25 março, 2008 16:49, Blogger bailaroska said...

Eu voto no diário da Taralhoca. Consegues fazer um empolgante relato de uma ida ao café ou ao wc.

Di-á-rio, di-á-rio, di-á-rio!!!!!

 
At 26 março, 2008 19:00, Blogger Willow said...

Taralhoca.. eu não sugeri nenhum tema no post anterior por falta de oportunidade de meter aqui os penantes. Tenho no entante um ramalhete de assuntos interessantes sobre os quais adorava ler a tua opinião nos próximos bombons bloguisticos aqui da tasca.

- O aquecimento global e a sua ineficácia claramente demonstrada pelas temperaturas com que esta primavera nos anda a brindar.

- o impacto que os dodots que se usa para limpar o cu (perdão.. rabiosque) dos putos têm no meio ambiente.

- A utilização de açúcar em pratos principais.

- As erratas dos supermercados

 
At 26 março, 2008 20:33, Blogger Cisne branco said...

Eu comento....pára lá com essas coisas....LOL Mas eu até gosto de saber como foi a tua páscoa e a que horas te levantas e tudo mais por isso pouco mais vou dizer. A não ser que continuo a achar que falares da minha querida e bela pessoa é sp uma hipótese.

 
At 30 março, 2008 20:34, Blogger Angelica said...

Um relato muito real, até demais... As partes mais desagradaveis podias ter evitado! Mas pareciamos mesmo um grupo de velhotes, a falar das desventuras sentados ao sol na praça da aldeia!!!

 

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