Bolha

Porque a minha história não podia ficar sem pontuação...

terça-feira, dezembro 20, 2005

Ele há encontros...


... que nos trazem sorrisos. Outros que levam saudades. Há aqueles que chovem lágrimas. Os que nem se notam. Os que nunca se esquecem.
Há encontros que passam. Há encontros que se deixam ficar...

Há encontros que deixam ouras coisas... uma nalga negra, por exemplo! E para a nalga não se sentir só, deixam um cotovelo da mesma tonalidade!
Não, não me dediquei ao contorcionismo e a coisa correu mal, nem me tornei adepta do sado-masoquismo mais extremo. Tenho sim uma queda natural... para as quedas. Sobretudo para aquelas em que a minha única intervenção é o tralho final (quase fatal, diga-se).

Sempre fui apologista de fins-de-semana bem passados, mas estou a chegar à conclusão de que se estão a tornar radicais de mais para uma taralhoca de tão provecta idade. Especialmente se implicam o meu rabito (afortunadamente bem guarnecido, ou as consequências seriam trágicas) contra a brita! A artrose já não me permite este género de veleidades, e a sacrificada nalga não me permite outras veleidades...
Tragédias atrás de tragédias, tudo por causa de um encontro!
Agora nem dinheiro quero encontrar! Deve ter uma chiclet pegada, que inevitavelmente vai ficar agarrada ao meu cabelo e necessariamente implicará um corte imperdoável!

Pensar que foi o Natal que motivou tão malfadado encontro... o velhito das barbas anda definitivamente às avessas comigo e o corpo é que paga.
E tudo parecia tão promissor no Sábado de manhã. Apesar de serem 6:30 da matina quando o despertador me atirou dos lençois de flanela para fora.
Voltei a sacudir a bela da remelita às 10:30, quando o expresso me despejou em Coimbra.
Enquanto esperava pela heidi vi passar um desfile de pais natais motards. Achei que era um bom presságio.
Para não falhar... enganei-me!
Às 5 da tarde já estavamos eu e a minha companheira de infortúnio largadas num banco do Dolce Vita, enchotando os velhotes que se queriam apoderar do nosso precioso encosto (rais'parta os sacanas dos reformados - acham que têm prioridade!!!) e sem uma montrita que nos fizer levantar...
Só o fizemos meia hora mais tarde e por causa do Harry Potter (sim, eu sei que sou pedófila) e tão só porque o rapaz também oferecia assento. O filme foi fantástico, mas eu e a heidi, ainda que moças de substância, tivemos que lidar com um pacote de pipocas sem fundo, cheio de grãos de milho assassinos que ofuscaram por completo um tal de Voldemort.
Ao jantar a fome não era muita... graças aos empregados do estaminé que davam enjoos. Ainda assim eu e a heidi não deixámos créditos por mãos alheias e limpámos tudo até ao último naco de drácula. Afinal, não podíamos embaraçar os cavalheiros simpáticos, educados e discretos que nos faziam companhia, nem deixar mal a raça das mulheres que não se importam de lamber o prato!!!
Tentámos persuadi-los a trocar as prendas meninas com meninas, meninos com meninos, já que aqueles embrulhos mal amanhados não inspiravam confiança. Recebemos um não rotundo e o nosso estado de recém convalescença do repasto não nos permitiu replicar.
Reservámos o particular espectáculo que é a troca de presentes para um dos barzinhos da beira rio, para afogarmos a respectiva se não agradasse. Não foi necessário nenhum prendicídio, porque a máquina fotográfica achou todos eles absolutamente fotogénicos..
O ruído subia de tom e nós viemos para a rua arejar, fazer companhia ao urso de erva (cremado no dia seguinte).
Abonaria a nosso fazer dizer que estavamos tocados para justificar as cenas menos própiras, mas não... sóbrios que dói e ainda assim de rabo na brita...
Como ainda não se sentiam as negras, ajudei a heidi a coagir os meninos a fazerem-nos escolta na disco.
E que disco!!! Assim que entrámos uma barriguita peluda de um avozinho a dar as boas vindas!!
Felizmente o reumático pôde mais que o álcool! O lugar encheu, os rapazes desesperavam e nós felizes da vida! Ás 5 da manhã cedemos a apelos agónizantes e "desligámos a ficha" (nas palavras do mestre).
Só o mestre foi homem para nos fazer companhia o resto da noite. E o infeliz não nos deixava aterrar nos colchões sob pretexto algum!!! Voavam almofadas, sacos-cama... meninas. Antes a história das 3princesas!! Só o esgotamento pôs fim ao nosso tormento.
A história do resto do encontro é simples: ronhar até lindas horas, comer divinamente, insistir nas compras, enfiar-me no expresso e ver a negra crescer!

Encontros...

7 Comments:

At 21 dezembro, 2005 19:47, Blogger bailaroska said...

Não fosse o D. Quixote e tb eu faria parte desse emocionante relato!
Quem manda haver festa dupla no mesmo dia?

 
At 22 dezembro, 2005 21:54, Blogger teste said...

não devias ser advogada, devias ser escritora!!

meninas só foste tu e a heidi?
e de rapazes, além do mestre? tou curiosa! já recebeste o meu postal?

beijooooos

 
At 22 dezembro, 2005 22:43, Blogger Perola Granito said...

Feliz Natal!

 
At 23 dezembro, 2005 14:11, Blogger Ameixinha Verde said...

Não deves ter assim tanta queda para quedas se não já tinhas as nalgas calejadas como uma pessoa que eu cá sei...

 
At 23 dezembro, 2005 16:58, Blogger Taralhoca said...

E não divulguei eu que eu e a Heidi andámos a fazer figuras tristes no WC público...

 
At 24 dezembro, 2005 10:51, Blogger bailaroska said...

tipo... sexo? ;)

 
At 01 março, 2007 02:05, Anonymous Anónimo said...

That's a great story. Waiting for more. » » »

 

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