Bolha

Porque a minha história não podia ficar sem pontuação...

sexta-feira, outubro 31, 2008

The cure for anything is salt water: sweat, tears, or the sea." Isak Dinesen

E se vivermos no interior, tivermos uma lágrima reticente e usarmos desodorizante?

Temos de usar água ardente?

terça-feira, outubro 28, 2008

Nem caricas. Nem selos. Nem cromos. Nem porta-chaves. Nem canetas. Nem sapatos. Nem sequer folhinhas de papel bonitas e cheirosas.
Garrafas. De água. Sem gás. Naturais.
É a colecção a que se sujeita quem vai tomar café, sem beber café.

Tenho muitas repetidas da Serra da Estrela. Alguém quer trocar?

quarta-feira, outubro 22, 2008

Dedo Negro. A bricolage não é comigo.
Verniz descascado. Tira gorduras não é comigo.
Músculos doridos. Esfregar até brilhar não é comigo.
Limpezas gerais. O fim-de-semana não foi nada comigo.
Depositei esperanças de retempero na segunda-feira. Mas a segunda-feira é a segunda-feira. E de segunda-feira só se pode esperar destempero. Desta, mais do que das outras. Não sei se por culpa do hematoma no polegar, da acetona nas unhas ou da falta de uma massagem.
A segunda-feira tem má fama, esta teve todo o proveito.

Dormia eu o sono dos limpadores de fim-de-semana quando sou abruptamente acordada pelo telefone via interposta pessoa. Era requisitada no meu local de trabalho com urgência. Saltei os cremes e o pequeno almoço e saí a toda a brida de casa, entre o espavorida e o estremunhada, ambos estados pouco amigos do meu cabelo.
Mas pior que o cabelo estava a cara. A saída meteórica de casa não deixou que as marcas de grude na almofada se apagassem.
Se má estava de pescoço para cima, pior fiquei de tornozelo para baixo.
Calcei uns lindos sapatinhos que ainda não tinham saído da gaveta este ano e em má hora saíram. Sem meias e com as pressas quando cheguei ao destino já não podia com os calcanhares. Despachado o serviço fui para o escritório. Já em bicos dos pés, porque os pés já não queriam nada com o encosto. Com tanta sorte que encontrei gente perante quem tinha de parecer, pelo menos, composta. Aguentei com a firmeza de uma bailarina.
Implorei por boleia à hora do almoço e a boleia veio e trouxe chinelos.
Depois do almoço, com os calcanhares devidamente almofadados, troquei os sapatinhos por umas sapatilhas a fugir para o chinelo, apesar dos ameaços de chuva.
Chuva não houve, houve sim nova chamada ao serviço. Acorri, devagarinho desta vez, e esperançosa que ninguém me olhasse para os pés, cuja roupagem arruinava estrepitosamente o meu estilo.
Se alguém olhou e se chocou, calou. Melhor.
Regressada ao escritório e estando entregue aos ais pelas minhas rebentadas bolhas maquiadas com mercúriocromo fui obrigada a ceder o protagonismo aos esperneios, gritos e pseudo fanico de uma cliente que já não tem idade para ter juízo.
Liguei para o INEM não fosse dar-se o caso da mulher ter uns fanicos de grande monta e fraca aparência.
Compareceram os senhores bombeiros, que açambarcaram a estrada toda com a ambulância e que discutiram com aquela prenda durante cerca de meia hora.
Passada meia hora de fita, em que a aventesma se recusou a ir ou a assinar a recusa de transporte, acrescentando que não pagava nada, em que a fila crescia atrás da ambulância e em que os bombeiros já estavam com vontade de lhe induzirem outro fanico, eu, paciente como sou com as birras, estava a quase nada de despir a complacência, de adiar as bolhas e de me atirar à sacana da velha. Sob o meu semblante calmo já estava a dita ser sovada a gosto. Tenho em mim muito de Ally Mcbeal.
Os bombeiros foram-se embora sem a "encomenda".
Podiam ter-me levado a mim, que estava com os nervos em frangalhos, desgraçada dos pés e a ser impedida pela fascista da minha operadora de solicitar nova boleia porque era chegada a hora do carregamento obrigatório.
A boleia ainda assim veio. Veio e levou-me a uma sexshop.
Mas entradas no carro as imagens da sex-shop foram rápida e literalmente atropeladas. Eu e a pendura do banco de trás gritámos "olhá pomba" e alguém no carro do lado de lá nos ouviu, só que nos interpretou mal. Nem a roda da frente, nem a roda de trás falharam o objectivo e ficou a pomba ficou esborrachada no asfalto.
Para nos recompor-mos fomos comprar as primeiras prendinhas de Natal. Eu sei que ainda não chegámos a meio de Novembro, o meu tiro de partida para o afã natalício, mas não há como gastar para o mal abalar..
Não sei como em tão malfadado dia não me engasgei com nenhum osso ao jantar.
Porém as minhas amofinações ainda não tinham acabado. Passei o fim de noite a enxotar uma borboleta, que não desistia de tentar entrar para a orelha do meu pai que dormitava no sofá ao lado.

Refugiei-me na cama. Tinham de acabar com a segunda-feira.
A minha segunda-feira não chega para filme, mas dá post (mesmo que já seja quarta-feira)

sexta-feira, outubro 17, 2008

Ai que calor,
Ai que calor,
Ai que calor, ai que calor, ai que calor.
Que boa sou.
Que mamas tenho.
Preciso de um homem que me leve para a cama,
Que me diga que sou boa
E que me tire este calor…

Estranho? Não propriamente o meu estilo?
As praxes são estranhas e muito pouco o meu estilo. Mas trazem-me boas memórias e deixaram-me muito bons amigos e a minha taralhoca gémea, que conheci no 1º dia e que nunca mais larguei.

segunda-feira, outubro 13, 2008

Viajando-se conhece-se o mundo.
As minhas viagens são, em regra, curtas, pelo que vou conhecendo o mundo aos poucochinhos.
Na viagem de ontem à noite, por exemplo, enquanto esperava ansiosa pela chegada do favorito "Já fui ao Brasil, Goa e Bissau.." do CD que tocava, conheci o pai, a mãe e os quatro filhotes, todos javalis muito bem postos.
Despedimo-nos com uma buzinadela, que traduzida para português significou qualquer coisa como: e um colete reflector, não se usa?! Ai se a brigada vos apanha...

segunda-feira, outubro 06, 2008

Ao anterior meteram-lhe os papéis para a reforma e em vez de pensão chegaram o reboque (para ele) e o substituto (para nós).
O substituto reza de sua matrícula GN. E necessita urgentemente de ser baptizado.
Aceitam-se sugestões usando GN. Uma só palavra ou 2.
Tenham em atenção que o substituto é cinza escuro, ronrona baixinho e tem o rabo grande.

Gratos pela vossa contribuição.