Acabaram-se as picuices.

Cruzar-me com a rodoviária a caminho de trabalho, de regresso do trabalho, mais do que uma vez ao dia, não será apenas a agradável sinfonia de bramidos pré-adolescentes, o simpático labirinto de boleias no esconde esconde com a passadeira oleada, a fraterna escaramuça de sacos a quem hora marca o destino, o sempre encantador desfilar de panças reluzentes.

De hoje em diante cruzar-me com a rodoviária será um verdadeiro exercício terapêutico!

Vai-se a ver o o monóxido de carbono, esse dissimulado que dava a cara como toxina perigosa, pode curar!Não sei ao certo que malina, mas será como a cenoura: consumir para prevenir.

Inspirar será a palavra de ordem!Os tubos de escape terão de ser reablitados, promovidos ao patamar das bisnagas de pomada.

Já hoje, empurrada por esta revelação, que não pelo fedor - o monóxido a modos que é como os xaropes que sabem mal - quando me topei com um autocarro, em lugar de torcer o nariz àquela negra brisa que me puxava para trás, abri-lhe os pulmões.

Pode não ter sido o melhor dia... Se bem me recordo o monóxido mexe com a hemoglobina e a minha já tinha sido mexida horas antes... ... ...

Anuncia-se que um qualquer um dia destes poderão partilhar comigo mais do que estas linhas, poderão partilhar o meu sangue!!! (ahahahaha!)